Dados da Fortinet indicam tentativas de invasão no primeiro trimestre do ano, de um total de 9,7 bilhões na América Latina
O Brasil sofreu mais de 1,6 bilhão de tentativas de ataques cibernéticos no primeiro trimestre do ano, de um total de 9,7 bilhões da América Latina. É o que indicam dados coletados pela Fortinet através de sua plataforma que coleta e analisa incidentes de segurança cibernética em todo o mundo.
Mundialmente, somente em março, houve uma média de 600 novas campanhas de phishing por dia. Tal mês coincide com o início da quarentena por conta do Covid-19 na maioria dos países.
De acordo com a empresa, houve um aumento de 131% na incidência de vírus em março em comparação ao mesmo mês de 2019. A tendência foi notada já nos primeiros meses do ano, com um aumento de 17% de vírus em janeiro e de 52% em fevereiro, na mesma comparação.
Conforme explica Alexandre Bonatti, diretor de Engenharia da Fortinet Brasil, normalmente, o maior número de ataques vem na forma de exploits, que tira vantagem de defeitos e vulnerabilidades dos sistemas.
No entanto, houve uma mudança no comportamento dos cibercriminosos este trimestre. “Eles passaram a tentar entrar nas redes por meio de phishing, abusando da confiança e da ingenuidade das pessoas que estão em busca de informações sobre o Covid-19”, explica.
Estratégia contra ataques cibernéticos
Em fevereiro, o governo brasileiro criou a Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber), com o objetivo de tornar o país seguro e proteger o espaço cibernético. A ideia visa ainda aumentar a resiliência do país aos ataques cibernéticos e fortalecer a atuação brasileira em segurança online no cenário internacional.
Para atingir essas metas, foram desenvolvidas dez ações. Entre elas, a criação de fóruns de governança, adoção de soluções nacionais de criptografia e a adequação de uma legislação específica.
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